domingo, 15 de dezembro de 2013

abalo sísmico

a cada revelação, uma lágrima
a cada lágrima, uma perda
olhaste para meus olhos
naquele momento?

haviam incontáveis lágrimas
que não podiam escorrer
esperança, fé, inocência,
confusas em meus olhos turvos
prestes a desaguarem para sempre
neste mar revolto e profundo

(como tornar o caos manso
quando o nosso interior
está todo se rasgando?
- por um segundo fraquejei
e tremi perceptivelmente)

“neste abalo que vive
muita coisa se perderá
mas não deixe esvair
as coisas tão belas
que esta ventania
também quer te levar"

silenciosamente
tudo desmoronava
e eu precisava sorrir
em minha própria morte.





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